Seis indivíduos foragidos da Justiça de Goiás figuram entre os 117 suspeitos mortos durante a Operação Contenção, uma ação de grande escala realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A operação, que ocorreu na terça-feira, resultou em um total de 121 mortos, incluindo quatro policiais, e mais de 100 prisões, sendo considerada a mais letal da história do estado.
De acordo com informações da cúpula da segurança pública fluminense, os criminosos abatidos possuíam ligações diretas com a facção Comando Vermelho (CV) e extensos históricos criminais, com cada um acumulando mais de oito anotações.
Entre os mortos identificados, destaca-se Fernando Henrique dos Santos, conhecido como “Fernandinho” ou “Periquito”, com 15 antecedentes criminais que incluem tráfico, associação para o tráfico, porte ilegal de arma, receptação, uso de documento falso, adulteração de veículo, homicídio, furto, extorsão e roubo. Ele estava no Rio desde o final de 2020, após romper a tornozeleira eletrônica.
Marcos Vinicius da Silva Lima, o “Rodinha” ou “Brancão”, era apontado como líder do Comando Vermelho em Itaberaí, respondendo a 11 processos por roubo, associação criminosa armada, tráfico, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio.
Adan Pablo Alves de Oliveira, o “Madruga”, liderava a facção em Trindade e possuía 10 prisões anteriores por tráfico, homicídio, corrupção de menores, desobediência, ameaça e lesão corporal.
Éder Alves de Souza, o “Disquete”, era considerado o mais procurado entre os goianos, conhecido por emitir ordens à facção em Aparecida de Goiânia. Ele respondia a 12 processos, incluindo roubo qualificado, associação criminosa, uso de documento falso, corrupção ativa e tráfico de drogas.
Cleiton César Dias Mello, o “Cleitinho”, estava foragido desde 2022, também após romper a tornozeleira eletrônica, e possuía nove inquéritos abertos por tráfico, associação criminosa, porte ilegal de arma e homicídio.
Vanderley Silva Borges, o “Deley”, era vinculado ao Comando Vermelho em Anápolis e respondia por nove crimes, incluindo associação para o tráfico, tortura, porte ilegal de arma, corrupção de menor e homicídio.
A Operação Contenção teve como objetivo desarticular núcleos do Comando Vermelho que abrigavam criminosos de outros estados, incluindo Goiás. Segundo autoridades de segurança, a meta é enfraquecer a expansão interestadual da facção, que domina diversas comunidades no Rio e mantém conexões com traficantes de outras regiões do país.
