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D'Angelles Backes

O setor de mineração brasileiro registrou um aumento expressivo de 34% no faturamento durante o terceiro trimestre de 2025, totalizando R$ 76,2 bilhões. O desempenho positivo é reflexo da alta nos preços do ouro e da retomada da produção em grandes minas de ferro e cobre.

As exportações atingiram 121 milhões de toneladas, o equivalente a US$ 12,2 bilhões, representando um aumento de 9% em valor e 6,2% em volume. O superávit comercial do setor mineral alcançou US$ 9,64 bilhões, respondendo por 62% do saldo positivo da balança comercial brasileira no período.

O ouro se destacou como o principal impulsionador do crescimento, com um aumento de 58% no faturamento, totalizando R$ 9,6 bilhões. A valorização internacional do metal precioso, impulsionada por tensões geopolíticas, contribuiu significativamente para esse resultado. As exportações de ouro cresceram 31,8% em volume e 78,8% em valor.

O cobre também apresentou um desempenho notável, com receitas de R$ 7,3 bilhões, um aumento de 85%. O minério de ferro liderou o faturamento, com R$ 39,8 bilhões, um aumento de 27%. Outros minerais, como manganês (+106,6%) e nióbio (+23,5%), também contribuíram para o crescimento do setor. A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras, absorvendo cerca de 68% do minério de ferro exportado.

Minas Gerais e Pará lideram a produção mineral do país, com participações de 39% e 35% no faturamento total do trimestre, respectivamente. Goiás se destaca como um importante produtor de ouro, cobre e nióbio, consolidando sua posição no cenário nacional.

Em Goiás, a multinacional Aura Minerals anunciou a compra da Mineração Serra Grande, reforçando a presença internacional no estado. O governo estadual tem implementado estratégias para fortalecer o setor, como o Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM). Atualmente, Goiás é o terceiro maior produtor mineral do Brasil, com operações significativas em diversos municípios.

A arrecadação total do setor mineral no trimestre alcançou R$ 26,3 bilhões, com R$ 2 bilhões provenientes da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), distribuídos entre 2.778 municípios. Goiás recebeu R$ 3,2 milhões em CFEM. O setor também gerou 6.585 novos empregos diretos entre janeiro e agosto, totalizando 227,5 mil trabalhadores com carteira assinada.

A expectativa é que o setor de mineração encerre 2025 com um crescimento acumulado próximo de 20% e investimentos na ordem de US$ 50 bilhões para os próximos cinco anos. O setor mineral brasileiro está mais diversificado e conectado a uma agenda de inovação e sustentabilidade.

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