O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu nesta quarta-feira o pedido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. A decisão impede o encontro após a Primeira Turma da Corte determinar a reabertura da investigação sobre a suposta trama golpista envolvendo Bolsonaro.
Moraes justificou a proibição, citando uma decisão anterior, de 4 de agosto de 2025, que já impedia Bolsonaro de manter contato com autoridades estrangeiras, réus e investigados em diversas Ações Penais e Inquéritos, inclusive por meio de terceiros.
A decisão do STF de reabrir a investigação sobre a suposta trama golpista, que envolve o presidente do PL, foi tomada na terça-feira, por 4 votos a 1. O colegiado acatou a proposta de Moraes, relator do caso, durante o julgamento que condenou réus do Núcleo 4, grupo acusado de disseminar desinformação contra as urnas eletrônicas.
Entre os condenados está o ex-presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, contratado pelo PL para realizar estudos que embasaram a ação do partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contestando o resultado do primeiro turno das eleições de 2022. A ação utilizou informações falsas para sugerir fraudes na votação eletrônica.
A investigação retomada visa apurar os crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No ano anterior, Valdemar Costa Neto foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a trama golpista, mas não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em nenhum dos núcleos de acusados de tentar manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
