A MBRF, resultante da fusão entre Marfrig e BRF, divulgou nesta segunda-feira um lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 62% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A diminuição é atribuída principalmente ao desempenho dos ativos da BRF.
A BRF, responsável pelo processamento de frangos e suínos, enfrentou impactos relacionados a casos de gripe aviária registrados em maio no Brasil, o que resultou em embargos de diversos países. A China, um dos seus maiores mercados, reabriu as exportações somente em novembro.
Apesar dos desafios, a empresa alcançou seu maior volume histórico de vendas, impulsionado pela eficiência operacional e execução comercial. O volume total vendido atingiu 2,1 milhões de toneladas no terceiro trimestre, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. O mercado interno respondeu por 1,37 milhão de toneladas (+4,9%) e o externo por 732 mil toneladas (+1,7%).
A MBRF registrou uma receita líquida de R$ 41,8 bilhões, um aumento de 9,2%, e um Ebitda ajustado de R$ 3,5 bilhões, apesar de uma queda de 8,6% em relação ao ano anterior.
O Custo do Produto Vendido da BRF teve um aumento de 9,1%, impactado pelo aumento do volume vendido e pelo aumento do custo dos grãos e óleos.
A América do Norte representou 47% da receita líquida total, seguida pela BRF (39%) e América do Sul (14%). Na operação da América do Norte, o volume vendido caiu 6,3% para 476 mil toneladas, em linha com a redução no abate devido à diminuição do rebanho bovino norte-americano.
A dívida líquida consolidada de fechamento do terceiro trimestre foi de R$ 41,35 bilhões, um aumento de 10% em comparação com o trimestre anterior. A empresa distribuiu R$ 3,85 bilhões em proventos no período. O índice de alavancagem, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, subiu para 3,31 vezes, ante 2,92 vezes no mesmo período do ano anterior.
Fonte: forbes.com.br
