O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou hoje a prisão temporária de João Paulo Manoel, amplamente conhecido como Capitão Hunter nas redes sociais. A decisão judicial atende a um pedido formal do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sendo emitida pela 1ª Vara Especializada de Crimes Contra a Criança e o Adolescente.

João Paulo Manoel é suspeito de praticar crimes graves, incluindo estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. Na quarta-feira, o influenciador foi detido em São Paulo por agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro, com o apoio da Polícia Civil paulista.

A investigação teve início após a denúncia de uma mãe, em setembro. Ela apresentou à Delegacia da Criança e do Adolescente conversas mantidas entre sua filha de 11 anos e Manoel, de 45 anos, nas quais ele fazia solicitações de teor sexual.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, o suspeito prometia à vítima acompanhamento e apoio em jogos. “A vítima relatou que o homem passou a pedir conteúdos de cunho sexual, como fotos íntimas, oferecendo produtos da franquia Pokémon. O homem também enviou diversas fotos inapropriadas dele para a menina”, informou a secretaria em nota.

As investigações apontam que um menino de 11 anos também foi abordado da mesma maneira pelo influenciador. Conversas gravadas confirmaram a conduta do suspeito.

As contas de Capitão Hunter nas redes sociais foram desativadas. O influenciador possuía aproximadamente 1 milhão de seguidores, com conteúdo focado em games e animações, especialmente da franquia Pokémon, atraindo majoritariamente um público infantil e adolescente. Ele também mantinha uma loja online com diversos produtos à venda.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br