O Ibovespa atingiu um novo recorde histórico, ultrapassando a marca de 149 mil pontos no melhor momento do pregão. O índice foi impulsionado principalmente pelo desempenho das ações da Vale e de bancos, com o cenário também influenciado pela decisão sobre as taxas de juros do Federal Reserve (Fed).

Ao final do dia, o Ibovespa registrou alta de 0,82%, atingindo 148.632,93 pontos, após oscilar entre uma máxima de 149.067,16 pontos e uma mínima de 147.429,63 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 23,85 bilhões.

O Fed anunciou a continuidade do corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, estabelecendo uma faixa entre 3,75% e 4%. Adicionalmente, foi anunciado o reinício de compras limitadas de títulos do Tesouro, visando assegurar a liquidez do mercado.

Após o anúncio, o chair do Fed, Jerome Powell, expressou que as autoridades do Banco Central americano ainda não chegaram a um consenso sobre os próximos passos, alertando que os mercados não devem esperar outro corte nas taxas de juros ainda este ano.

Em Wall Street, o S&P 500 atingiu um novo pico durante o dia, aproximando-se dos 7 mil pontos, mas encerrou o pregão estável após a sinalização mais cautelosa de Powell.

De acordo com um economista-chefe, a decisão do Fed não causou surpresa, porém, os comentários de Powell, refreando expectativas de um novo corte em dezembro, foram mal recebidos pelo mercado. Ele ressaltou que, embora ainda acredite que um corte de 0,25 ponto percentual seja o cenário mais provável, Powell deixou claro que nada está garantido.

O economista também comentou sobre as incertezas em relação ao mercado de trabalho e aos possíveis impactos das tarifas na inflação.

O dólar apresentou estabilidade no Brasil, revertendo perdas anteriores. Esse movimento ocorreu após a decisão do Fed, que gerou incertezas sobre um novo corte de juros em dezembro e impulsionou a valorização da moeda americana globalmente.

O dólar à vista fechou com leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,3581.

Fonte: forbes.com.br