Goiás alcançou um marco inédito no Brasil ao zerar a fila de processos de licenciamento ambiental. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) concluiu a análise de 867 processos pendentes, referentes a licenças acumuladas até setembro de 2025.

A conquista foi resultado de uma força-tarefa que mobilizou 71 servidores da Semad, incluindo especialistas em licenciamento e outros profissionais com experiência técnica nos procedimentos. Segundo a secretária Andréa Vulcanis, os servidores trabalharam em regime integral para alcançar a meta.

Entre os processos analisados, 519 envolviam supressão de vegetação nativa para atividades agrícolas, pecuárias ou florestais. Outros 187 estavam relacionados a obras de infraestrutura, como a construção de estradas, barragens e linhas de transmissão, enquanto 161 envolviam mineração, criação animal e postos de combustíveis.

O governador Ronaldo Caiado celebrou o resultado, destacando a transparência e a responsabilidade do trabalho. Ele comparou a agilidade atual com os processos que, em governos anteriores, podiam levar até cinco anos para serem concluídos. O prazo médio atual é de dois meses, com a meta de reduzir ainda mais para 30 dias.

A partir de outubro de 2025, os novos pedidos de licenciamento serão distribuídos entre os analistas da Superintendência de Licenciamento Ambiental, com o objetivo de serem concluídos em até 30 dias após a formalização. A secretária Andréa Vulcanis garantiu que a celeridade não compromete a qualidade técnica das análises.

A gestão do licenciamento ambiental em Goiás passou por uma transformação a partir do segundo semestre de 2020, com a implementação do Sistema Ipê, desenvolvido pela própria Semad. A plataforma digitalizou e simplificou os processos, reduzindo o tempo médio de análise para 60 a 70 dias, um avanço significativo em relação à média nacional de três anos. O modelo goiano se tornou referência, impulsionando o desempenho recorde alcançado.