Goiás enfrenta um cenário preocupante com a ocorrência de casos de meningite. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) revelam que, até o momento, foram confirmados 152 casos da doença em todo o estado. O número de óbitos causados pela meningite já chega a 21, segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde.
A SES-GO enfatiza que a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção contra a doença. A secretaria reforça que altas taxas de cobertura vacinal são cruciais para diminuir as chances de casos graves e óbitos, mesmo diante da possibilidade de surtos.
Em relação à cobertura vacinal infantil, os dados preliminares da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indicam que, para crianças menores de um ano, a cobertura da vacina Meningocócica C é de 82,10%, Pneumocócica 10-valente atinge 86,18%, a Pentavalente alcança 77,85% e a BCG registra 90,10%. Entre adolescentes de 11 a 14 anos, a vacina Meningocócica ACWY apresenta uma cobertura de 54,10%. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente pelo SUS cinco vacinas que protegem contra a meningite: BCG, Pentavalente, Meningocócica C, Meningocócica ACWY e Pneumocócica 10-valente.
O Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) realiza os testes para diagnóstico da meningite, recebendo amostras de pacientes das redes pública e privada. A Secretaria de Saúde orienta a população a manter o cartão de vacinação atualizado, adotar a etiqueta respiratória e evitar aglomerações.
Na capital, Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou 37 casos de meningite em 2025, com 9 óbitos. A faixa etária mais atingida é a de 40 a 59 anos, resultando em uma taxa de mortalidade de 0,59 óbitos a cada 50 mil habitantes na cidade. As taxas de cobertura vacinal em Goiânia estão um pouco abaixo da média estadual, com a Pneumocócica 10-valente em 81,58%, a Meningocócica C em 75% e a Pentavalente em 68,74%.
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diferentes agentes, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. As formas bacteriana e viral são as mais preocupantes, devido ao risco de surtos. No Brasil, a doença é considerada endêmica, com registros ao longo do ano.
Os sintomas iniciais da meningite incluem febre, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e a prevenção de complicações. O acompanhamento epidemiológico é realizado semanalmente, monitorando os casos, óbitos, cobertura vacinal e orientando medidas de prevenção.
