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D'Angelles Backes

Produtores rurais de Goiás enfrentam uma crescente crise financeira, com dívidas que ameaçam o futuro do setor. A situação alarmante foi o principal tema de uma reunião da Comissão de Agricultura e Política Agrícola, que reuniu representantes de sindicatos rurais de todo o estado.

O encontro teve como foco o aumento da inadimplência e as dificuldades na renegociação de dívidas. Dados apresentados indicam que o endividamento rural atinge 5,3% em Goiás, superando a média nacional de 4,1%. Produtores relatam maiores exigências bancárias e restrições na liberação de crédito, agravando a situação.

O cenário preocupa e pode impactar o plantio da safrinha de 2026 e a safra 2026/2027. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) teme que produtores não consigam renegociar suas dívidas ou obter crédito para os próximos plantios.

A Faeg está atuando em duas frentes para mitigar a crise. Em Brasília, busca alterações na Medida Provisória 1314, que trata da renegociação de dívidas, para garantir juros subsidiados aos produtores. Paralelamente, orienta os produtores a buscarem os bancos e negociarem com base nos contratos atuais, evitando juros mais altos.

Segundo técnicos, a crise é resultado da combinação de quebra de safra, redução no preço das commodities e aumento dos custos de produção. Estima-se que as dívidas vencidas em Goiás somem entre R$ 9 e R$ 10 bilhões. A situação é considerada preocupante, com um alto índice de inadimplência que impede o acesso a novos créditos. A lentidão no plantio da safra atual, atingindo apenas 15% da área prevista, também é motivo de alerta, devido ao atraso das chuvas e à dificuldade de acesso ao crédito. Além disso, foi apontada uma redução de 25% na liberação de recursos para o Plano Safra em Goiás.

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