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D'Angelles Backes

Clayton Freitas
Clayton Freitas

A Black Friday, tradicionalmente realizada na última sexta-feira de novembro, consolidou-se como uma das datas mais importantes para o varejo no Brasil, mantendo sua relevância mesmo com a criação de diversos eventos promocionais ao longo do ano.

O setor varejista tem investido em datas como a Semana do Consumidor, Liquida Verão, dia do pagamento e datas duplas, visando aquecer o comércio, diluir a demanda e engajar o consumidor de forma contínua.

Algumas empresas, como Shopee, Mercado Livre e Amazon, registraram números expressivos em eventos promocionais como o 11/11, com a Shopee vendendo 20 milhões de itens, o Mercado Livre experimentando um aumento de 56% no tráfego e a Amazon registrando um crescimento de mais de 70% no tráfego em relação ao dia anterior.

Apesar dessas iniciativas, a Black Friday continua a se destacar, representando, para algumas empresas, o dobro do volume de vendas em comparação com a média dos outros meses e um aumento de quatro vezes nas vendas em relação a um fim de semana comum.

A Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (Abiacom) projeta que a Black Friday movimentará R$ 13,34 bilhões, um crescimento de 14,7% em relação aos R$ 11,63 bilhões registrados no ano anterior, com um tíquete médio estimado em R$ 808,50. O Mercado Livre também registrou seu maior volume de vendas diárias na Black Friday do ano passado.

O comportamento do consumidor brasileiro em relação à Black Friday também evoluiu, com 81% dos consumidores planejando ativamente comprar durante a data, principalmente para antecipar as compras de Natal. Segundo a Abiacom, o tíquete médio mais alto reflete a aquisição de produtos de maior valor, como eletrônicos e eletrodomésticos, embora itens de supermercado, beleza e limpeza também estejam ganhando espaço.

Grandes varejistas como Magalu, Mercado Livre, Amazon e Casas Bahia, além da Abiacom, reconhecem a importância da Black Friday, embora detalhes sobre investimentos e retornos esperados permaneçam em segredo.

Para o Mercado Livre, a ascensão de datas como o 11/11 e o “payday” não diminuem o impacto da Black Friday. A Magalu, por sua vez, busca diluir a concentração de vendas com ações promocionais ao longo do ano, incluindo a Liquidação Fantástica em janeiro.

As empresas estão adotando estratégias como “Black Week” e “Black November” para evitar sobrecarga logística e manter o consumidor engajado, além de oferecerem produtos mais baratos fora da Black Friday, como faz a Magalu com o “Agora ou Nunca”, para garantir preços competitivos e evitar carrinhos abandonados.

A preocupação com a “Black Fraude” também é relevante, com órgãos de defesa do consumidor monitorando os preços para evitar promoções falsas. A Casas Bahia enfatiza a importância de oferecer descontos reais para manter a confiança do consumidor.

Os investimentos na Black Friday incluem milhões em cupons de desconto, com a Magalu calculando R$ 150 milhões em descontos de preço e frete e o Mercado Livre investindo R$ 100 milhões em cupons. A Amazon expandiu sua operação logística no Brasil e reduziu temporariamente suas taxas para apoiar vendedores parceiros. A Shopee se concentra na segmentação de promoções e na otimização da experiência de compra.

Embora a multiplicidade de datas promocionais continue a crescer, a Black Friday deve manter sua posição de destaque no varejo, impulsionada por investimentos robustos em publicidade, eventos e estratégias de vendas.

Fonte: forbes.com.br

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