Em 2025, o bitcoin se consolida como reserva de valor, impulsionando sua adoção por empresas. Um estudo recente revela que pelo menos 175 companhias acumulam a criptomoeda, um salto expressivo em relação às 64 que adotavam essa prática em 2024.
A crescente adesão é atribuída à popularização dos ETFs de bitcoin, que facilitam o acesso à criptomoeda, e à busca por diversificação da tesouraria fora do sistema financeiro tradicional.
No Brasil, a fintech Méliuz se destaca ao alocar 10% de seu caixa em bitcoin, seguindo o exemplo de empresas americanas como Strategy e Semler Scientific. O Mercado Pago também inovou ao lançar a meli dólar (MUSD), uma stablecoin atrelada ao dólar.
Embora 175 empresas representem uma pequena parcela do universo corporativo na América Latina e nos Estados Unidos, o aumento indica uma tendência de diversificação patrimonial por meio de criptomoedas. Muitos consideram o bitcoin uma proteção contra a inflação e um refúgio em meio à instabilidade econômica global, preferindo-o ao ouro devido à sua natureza digital e escassez.
O estudo recente utilizou dados da blockchain, informações on-chain e agregadores de dados para analisar o fenômeno. Constatou-se que os ETFs de bitcoin tiveram um crescimento significativo, atraindo mais de US$ 60 bilhões e incorporando 1,3 milhão de bitcoins em apenas oito meses.
Analistas apontam que a inclusão do bitcoin nas estratégias corporativas gera uma dupla oportunidade de lucro: a valorização do ativo e o potencial aumento no valor das ações das empresas que o adotam. O caso da Strategy ilustra esse cenário, com um aumento de 1.230% em seus ativos entre 2023 e 2025, superando a valorização de 437% do próprio bitcoin.
A Strategy implementou uma estratégia de “comprar, manter e repetir”, financiando suas aquisições com emissão de títulos. No contexto latino-americano, o Brasil lidera a adoção corporativa de bitcoin, embora a aquisição institucional e corporativa de criptoativos na região ainda seja considerada limitada.
O Mercado Livre abriu caminho para outras empresas regionais em 2021, alocando 570 BTC e 3 mil ethereum (ETH) em sua tesouraria. A Méliuz também experimentou uma reação positiva do mercado, com suas ações subindo 35% após o anúncio da compra de bitcoin.
Fonte: forbes.com.br
