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D'Angelles Backes

A Polícia Civil de Goiás concluiu a investigação sobre a morte de Náthaly Rodrigues, 17 anos, ocorrida em Goiânia, e indiciou três funcionários da Equatorial Goiás por homicídio culposo. A tragédia ocorreu em 23 de setembro, durante um forte temporal, quando um cabo de energia se rompeu e atingiu a jovem, causando sua morte imediata. Um operador de máquinas, Wil Robson dos Reis, que tentou socorrer Náthaly, também foi atingido pela descarga elétrica e sofreu lesões corporais, sendo o grupo também responsabilizado por lesão corporal culposa contra ele.

De acordo com as investigações, os indiciados são um supervisor, um gerente e um operador do Centro de Operações da concessionária. A apuração policial revelou que o sistema da empresa havia detectado uma falha na rede elétrica antes do acidente. Apesar do alerta, os funcionários não interromperam o fornecimento de energia, uma ação que poderia ter evitado a fatalidade.

A perícia técnica confirmou que a queda do cabo foi provocada por um curto-circuito entre dois fios da rede, causado pelo impacto das fortes rajadas de vento. O sistema de segurança, equipado com um religador automático, deveria ter desligado a energia automaticamente, mas não funcionou como esperado. A investigação aponta que, mesmo com o alerta, os operadores não tomaram medidas preventivas, caracterizando negligência operacional.

No momento do acidente, Náthaly caminhava pela rua quando foi atingida pelo cabo energizado. Wil Robson, que trabalhava nas proximidades, tentou prestar socorro, mas também foi eletrocutado, sofrendo queimaduras de segundo grau. O caso foi classificado como um acidente evitável, com a investigação revelando falhas nos procedimentos da empresa diante de situações de risco.

O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que decidirá se oferecerá denúncia contra os três funcionários. Em caso de condenação, eles podem enfrentar pena de até três anos de detenção por homicídio culposo, além de responderem internamente na concessionária por descumprimento de normas de segurança.

A Equatorial Goiás informou que não consta nos autos do inquérito policial qualquer relatório conclusivo sobre o caso e que acompanhará o andamento das investigações pelas vias oficiais e adotará as medidas cabíveis. A empresa alega que as informações fornecidas às autoridades não mencionam falha ou defeito na rede de energia elétrica da região e que a infraestrutura do sistema encontrava-se regular. A distribuidora também afirma que as manobras operacionais realizadas no dia do ocorrido seguiram rigorosamente os protocolos técnicos aplicáveis ao setor elétrico e que o laudo da polícia científica conclui que o evento está relacionado a fatores externos ao fato.

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