O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco) obteve uma decisão judicial favorável para manter Rogério Andrade no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

A decisão, datada de 29 de setembro de 2025, foi proferida pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e ratificada nesta terça-feira (25) pela juíza corregedora substituta da unidade federal, Franscielle Martins Gomes Medeiros. A medida implica a inclusão do contraventor no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) pelo período de um ano.

O pedido para a manutenção do RDD foi motivado pela denúncia contra Rogério Andrade e Flávio da Silva Santos, conhecido como “Flávio da Mocidade”. A acusação alega que ambos lideram a principal organização exploradora de jogos de azar no estado, controlando os pontos de jogo e envolvidos em disputas violentas com grupos rivais. A denúncia também aponta para a corrupção sistemática de policiais, com o pagamento de propina a diversas unidades das Polícias Civil e Militar.

Rogério Andrade foi preso inicialmente em outubro de 2024, após denúncia do Gaeco por homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnacio, ocorrido em novembro de 2020.

Em um ofício encaminhado à Oitava Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa ressaltou que Rogério Andrade é apontado como um dos principais líderes de uma organização criminosa atuante no estado, o que justifica sua permanência em um presídio federal de segurança máxima.

No início deste mês, a Justiça do Rio havia revogado o RDD de Rogério Andrade, determinando sua transferência de volta para o sistema carcerário do Rio de Janeiro. No entanto, com a nova decisão, Rogério Andrade permanecerá no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br