O governo brasileiro continuará buscando a redução das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais, declarou o vice-presidente Geraldo Alckmin neste sábado (15). A afirmação ocorreu após a eliminação de uma taxação de 10%, implementada em abril, que afetava exportações brasileiras como carne bovina, café, algumas frutas e suco de laranja.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Alckmin enfatizou que uma parcela significativa das exportações do Brasil para os EUA ainda enfrenta uma tarifa adicional de 40%, estabelecida em agosto. Essa medida impactou exclusivamente as vendas brasileiras.
“Vamos continuar trabalhando para reduzir mais”, assegurou Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Ele expressou otimismo quanto a novos avanços, buscando a eliminação total da tarifa de 40%, que classificou como uma distorção.
Apesar da ausência de uma nova reunião agendada entre os governos, após o encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, em Washington, Alckmin ressaltou os progressos obtidos. Ele mencionou a liberação das tarifas adicionais sobre as exportações de celulose e de ferro-níquel, assim como alguns tipos de madeira e móveis, uma flexibilização que beneficiou diversos países.
Com a recente eliminação de tarifas, a parcela das exportações brasileiras para os EUA sujeita a tarifa zero aumentou de 23% para 26%. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40 bilhões para os EUA, tornando-se o terceiro maior mercado para os produtos brasileiros, atrás apenas da China e da União Europeia.
Fonte: forbes.com.br
