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D'Angelles Backes

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro descreveu um “cenário de guerra” à Justiça durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro. O objetivo da operação era cumprir mandados de prisão contra indivíduos supostamente ligados à organização criminosa Comando Vermelho.

O relato consta em um relatório circunstanciado elaborado pela Polícia Civil e encaminhado à 42ª Vara Criminal da Capital, responsável pela emissão dos mandados que embasaram a operação. A ação resultou em 121 mortes.

O relatório detalha que o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão precisou ser interrompido devido a intensos confrontos. Policiais relataram terem sido atacados simultaneamente por diversos grupos, o que impossibilitou o cumprimento de todos os mandados.

Segundo o relatório, várias equipes precisaram deixar a área de operação devido a prisões em flagrante e apreensões. Essa situação exigiu uma mudança no planejamento para garantir a segurança das equipes que permaneceram no local.

A polícia anexou uma lista com sete endereços onde foram efetuadas prisões e apreensões de drogas, insumos para fabricação de entorpecentes, telefones celulares, cadernos com anotações e computadores. Em outros 27 endereços, os alvos não foram localizados, nada de ilícito foi encontrado, ou os locais não foram acessados devido aos confrontos.

O relatório também foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo conhecido como Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, que trata de medidas para reduzir a letalidade policial em comunidades do Rio de Janeiro.

A Operação Contenção, realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. Foram efetuadas 113 prisões, incluindo 33 de pessoas de outros estados, e apreendidas 118 armas e uma tonelada de drogas. O objetivo era conter o avanço da facção Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará. A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é considerada a maior e mais letal realizada no estado nos últimos 15 anos.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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