Com seu segundo mandato, o presidente Donald Trump continua a desafiar a previsibilidade no cenário global. Suas políticas, marcadas por ameaças de tarifas, reviravoltas inesperadas e declarações impactantes, geram constantes oscilações em Wall Street e nos mercados internacionais. Contudo, após diversas experiências, o mercado financeiro parece ter se adaptado a essa dinâmica, aprendendo a moderar suas reações a cada nova ação do governo.
O estilo de Trump, embora não seja inédito, persiste em testar a paciência de investidores em todo o mundo, incluindo no Brasil. Um economista-chefe de uma importante gestora de ativos destaca que o estilo de negociação agressivo e imprevisível do presidente americano gera volatilidade e um ambiente de incerteza.
A estratégia adotada por muitos gestores envolve uma postura mais cautelosa, com posições menores, decisões rápidas e proteção reforçada contra surpresas vindas de postagens nas redes sociais, ferramenta de comunicação do presidente.
Ainda que as ações de Trump continuem a gerar impacto, o mercado aprendeu a analisar o cenário com mais calma. Economistas apontam que investidores perceberam que muitos dos anúncios polêmicos não se concretizam, e que grande parte do discurso não é acompanhada de medidas efetivas.
Diante dessa realidade, os gestores incluem um calendário de riscos políticos em suas análises, recomendando a redução de alavancagem, o aumento da liquidez e a proteção de setores sensíveis. Analistas ressaltam que o mercado já compreende a lógica de Trump: ameaças, estresse no mercado, recuos e um retorno à aparente normalidade.
Essa diplomacia e as negociações conduzidas pelo governo americano têm reconfigurado o fluxo global de capitais. Com o dólar perdendo espaço, há um crescente interesse por ativos de proteção, como o ouro, e títulos de alta qualidade. Países emergentes, incluindo o Brasil, têm atraído parte desses recursos, embora permaneçam vulneráveis a mudanças no cenário internacional.
Neste contexto, os gestores aprenderam a operar em meio ao caos, com o objetivo de proteger seus investimentos. Eles incorporaram a imprevisibilidade de Trump em seus modelos, adaptando suas posições de acordo com as mudanças de rumo do governo americano. As disputas comerciais, principalmente com a China, e as ameaças de tarifas continuam a moldar o risco global, gerando reações imediatas no preço dos ativos.
Fonte: forbes.com.br
