A inteligência artificial generativa emergiu como um divisor de águas no marketing, transformando a forma como as marcas são descobertas. Modelos de IA como ChatGPT, Copilot e Gemini transcendem a função de meros assistentes digitais, influenciando a percepção e a escolha de empresas pelos consumidores.
Essa mudança impacta diretamente o branding, a comunicação e a reputação corporativa. A dinâmica, antes centrada em algoritmos de plataformas e redes sociais, agora incorpora elementos como a linguagem natural, a curadoria dos dados utilizados no treinamento dos modelos e o comportamento das novas gerações, que interagem com a IA de maneira intuitiva.
No Brasil, empresas como a Edelman já oferecem soluções para auxiliar marcas a otimizar sua presença nas respostas geradas por IA, considerando tanto o SEO tradicional quanto a construção de reputação estratégica.
Segundo Nathalie Folco, Head de Digital da Edelman para a América Latina, os modelos de IA representam uma nova plataforma para a descoberta de marcas, alterando o comportamento dos consumidores. As pessoas estão utilizando cada vez mais a IA para iniciar suas jornadas de descoberta de marcas, tornando esses modelos canais de comunicação cruciais.
Um dos maiores atrativos dos modelos de IA é a conversação. Ao contrário da experiência mais técnica dos buscadores tradicionais, a IA oferece interações personalizadas e explicativas, construindo uma relação mais próxima e natural com o usuário.
Para os líderes empresariais, entender essa mudança é essencial. O primeiro passo é conhecer profundamente a audiência e seus comportamentos. Em vez de seguir mitos sobre a presença em determinadas plataformas, as empresas devem focar em uma estratégia de conteúdo agnóstica, definindo a mensagem antes de identificar os canais de distribuição.
No longo prazo, o maior risco para as marcas é a inação. É crucial realizar um diagnóstico da imagem da empresa frente aos modelos de IA e corrigir narrativas desatualizadas ou incorretas. Além disso, é necessário investir na criação de conteúdo relevante e intencional, capaz de sobreviver na era do conteúdo infinito.
Embora as novas gerações possam não se preocupar tanto com a origem da informação, a construção de reputação de marca ainda é possível, embora de forma diferente. A relação com a informação está se tornando mais intuitiva, redefinindo completamente a maneira como a reputação é construída.
Fonte: forbes.com.br
