Uma teia de mistério cerca os ganhos financeiros de Donald Trump, impulsionados por um acordo confidencial e sua incursão no mundo das criptomoedas. A incerteza sobre o valor exato de sua fortuna se intensifica devido a uma estrutura societária complexa e negociações bilionárias envolvendo a família Trump.
No início do ano, Trump detinha 70% da DT Marks Defi LLC, que, por sua vez, controlava 75% do projeto de criptomoedas World Liberty Financial. O restante da DT Marks Defi pertencia a membros não identificados da família Trump, presumivelmente Don Jr., Eric e Barron.
Um monitor da Trump Organization revelou a venda de uma participação em uma empresa não especificada, quase certamente a DT Marks Defi, no início deste ano. Essa transação, executada sem alarde público, modificou a estrutura de propriedade da holding. A World Liberty reconhece a participação da DT Marks Defi, mas a identidade dos proprietários da DT Marks Defi permanece um enigma.
Entre janeiro e março, investidores, incluindo grandes nomes do setor cripto, injetaram cerca de US$ 440 milhões em tokens World Liberty, dos quais aproximadamente US$ 330 milhões foram direcionados à DT Marks Defi. Em abril, a DWF Labs adquiriu mais US$ 25 milhões em tokens, com US$ 19 milhões seguindo para a DT Marks Defi.
Pouco tempo depois, Eric Trump e Zach Witkoff, filho de um aliado de Trump, participaram de uma conferência sobre criptomoedas em Dubai. Lá, Witkoff anunciou que a stablecoin da World Liberty receberia um aporte de US$ 2 bilhões de uma empresa de investimentos dos Emirados Árabes Unidos.
Outra empresa dos Emirados Árabes Unidos comprou US$ 100 milhões em moedas World Liberty, enviando cerca de US$ 75 milhões para a DT Marks Defi. Em agosto, a família Trump auxiliou na aquisição de uma empresa de biotecnologia, que investiu mais de US$ 700 milhões em tokens World Liberty, com 75% desses fundos destinados à DT Marks Defi.
Estima-se que a DT Marks Defi já arrecadou cerca de US$ 1 bilhão em 2025. Cálculos preliminares sugerem que Trump poderia ter lucrado US$ 1 bilhão e Don Jr., Eric e Barron, cerca de US$ 150 milhões. No entanto, esses números dependem da estrutura acionária da DT Marks Defi, que pode ter mudado após o acordo de janeiro.
As condições da venda da participação na DT Marks Defi e a valorização da holding permanecem desconhecidas. Mais informações poderão surgir em maio de 2026, com a divulgação de um novo relatório financeiro.
Fonte: forbes.com.br
