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D'Angelles Backes

Phoebe Liu, Rashi Shrivastava e Emily Garcia
Phoebe Liu, Rashi Shrivastava e Emily Garcia

O ano tem sido marcado por grandes investimentos em infraestrutura de inteligência artificial (IA), com empresas como OpenAI, Oracle, Nvidia e AMD liderando transações que somam centenas de bilhões de dólares. Estes acordos, muitas vezes complexos e pouco convencionais, visam expandir a capacidade de data centers e garantir o acesso a poder de processamento.

Um exemplo recente é a parceria estratégica entre AMD e OpenAI, onde a empresa de IA pode adquirir até 160 milhões de ações da fabricante de chips, equivalentes a 10% do total, à medida que utiliza 6 gigawatts das GPUs da AMD.

A demanda por poder de processamento impulsiona as empresas a firmarem acordos para se beneficiarem mutuamente, elevando as avaliações de mercado e gerando grandes ganhos para bilionários fundadores, executivos e investidores ligados à construção de data centers de IA.

De acordo com dados levantados, as fortunas de 20 dos maiores bilionários ligados ao crescimento da infraestrutura de IA aumentaram mais de US$ 450 bilhões desde o início do ano.

Larry Ellison, cofundador e diretor de tecnologia da Oracle, lidera a lista dos maiores ganhadores, com um aumento de US$ 140 bilhões, impulsionado pela alta de 73% nas ações da empresa. Projeções indicam que a receita com infraestrutura em nuvem da Oracle, destinada principalmente a suportar IA, deve saltar de US$ 18 bilhões para US$ 144 bilhões nos próximos quatro anos.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, viu sua fortuna crescer US$ 47 bilhões, enquanto a de Michael Dell aumentou US$ 35 bilhões, devido à sua participação na Dell e na Broadcom, ambas fornecedoras de componentes para data centers de IA.

Os cinco bilionários da CoreWeave, empresa de computação em nuvem, também registraram ganhos expressivos. Desde seu IPO em março, as ações da CoreWeave subiram 250%, quase triplicando a fortuna de seus quatro cofundadores (Michael Intrator, Brian Venturo, Brannin McBee e Peter Salanki) e do investidor inicial Jack Cogen.

Masayoshi Son, da SoftBank, e Arkady Volozh, fundador da Yandex, também se beneficiaram, com suas fortunas crescendo 142% e 166%, respectivamente.

Apesar do otimismo, empresas como a Oracle acumulam dívidas significativas. A S&P Global Ratings expressou preocupações sobre o fluxo de caixa livre, citando riscos como potencial excesso de capacidade em data centers e um cenário competitivo em evolução.

A sustentabilidade desse crescimento depende da capacidade das empresas de transformar a inovação em IA em negócios lucrativos.

Fonte: forbes.com.br

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